O que é, afinal, a culpa?

Nós todos, como Espíritos em corpos, como Seres em evolução em um Planeta de Provas e Expiações, arcamos com a consequência de nossos atos passados. Se praticamos o bem, colheremos o bem. Se praticamos o mal, colheremos o mal. Sem julgamentos, a Vida nos dá o aprendizado através da nossa própria experiência. Tudo o que nos acontece de ruim, são verdadeiros aprendizados, lições que temos de aprender, e muitas delas fomos nós mesmos que escolhemos antes de encarnarmos.

Mas e os erros, e a culpa? Como lidar com isso? O que é, afinal, a culpa?

A culpa, queridos, é o próprio mecanismo da Consciência do Espírito pelo qual compreendemos que erramos e que, portanto, precisamos melhorar. É o meio pelo qual nós reconhecemos nossos erros, nossos defeitos e nossas fraquezas, para que através dessa consciência, possamos melhorar. A culpa é nada mais, nada menos, do que o pesar da Consciência sobre erros passados, que nos geraram o sentimento de arrependimento. O arrependimento não é um sentimento de fraqueza ou de humilhação, de deterioração nem mesmo um sentimento de um Espírito fraco. O arrependimento é sentimento de um Espírito nobre, maturo espiritualmente, que reconhece seus erros e que sabe que tem de melhorar, de amadurecer, de EVOLUIR.

A culpa, portanto, nos lembra de que erramos e que então, temos de melhorar. Mas o principal objetivo da culpa é despertar o PERDÃO. Sim, o perdão. Ahh.. e quão difícil é perdoar hoje em dia, não é mesmo? Quão difícil é perdoar e ainda mais pedir perdão. E é por isso que a culpa existe. Ela existe para nos conscientizar da importância do perdão. A culpa e o arrependimento, dois sentimentos que andam de mãos dadas, dão ao Espírito a Consciência de que ele precisa exercitar o perdão. Quando o perdão é posto em prática, quando o perdão é vivenciado, a culpa e o arrependimento se dissolvem.

A culpa nos lembra de que o perdão é a fonte de Cura e de transmutação de nossos erros passados. Em realidade, nossos erros nos trazem grandes aprendizados e, portanto, errar não é ruim, errar é aprender. Através dos nossos erros e das nossas falhas é que nós crescemos como Espíritos e como seres humanos, em uma Escola chamada Terra, chamada Vida.

Se você está sentindo culpa neste momento, por uma situação no passado, na qual você cometeu algum erro com alguém, seja uma briga com um amigo, uma mentira que contou para o(a) namorado(a), seja uma ofensa que disse ao vizinho... a culpa está te lembrando da importância de, humildemente e sem egoísmos, pedir perdão. As pessoas não sabem o quanto o perdão iria as abençoar e as libertar de muitas coisas que as prendem no sofrimento. Ou talvez elas saibam, mas por ignorância e por egoísmo, não pedem perdão. PEDIR PERDÃO NÃO É SER FRACO, É SER FORTE, É SER CORAJOSO, É SER AMOR!

Se você está sentindo culpa, é porque você necessita por em prática o perdão. Se você tem a oportunidade de pedir perdão ou de até mesmo perdoar alguém que ainda esteja em sua vida, com o qual você cometeu erros e falhas, ou com o qual você segurou mágoas e ressentimentos, então, por Amor a si e a esse alguém, peça-o perdoa-o. Você não sabe o quão maravilhosa é a libertação que o perdão nos dá. E a culpa é parceira do perdão, pois sem ela, nós não o exercitaríamos.

Mas lembre-se, também, do mais importante: de SE PERDOAR. Pois, se você não perdoar a si mesmo pelos seus erros, você continuará a sentir-se culpado, mesmo que sejam migalhas de arrependimento. O perdão próprio é muito importante em nossas jornadas evolutivas, em nossa Cura espiritual. Perdoe-se! Sabe por que? Porque você errou e, tendo errado, está crescendo com isso! Por que culpar-se pelos seus erros se eles são apenas aprendizados? Não se culpe! SE PERDOE! SE AME!

Que as bênçãos do Amor e da Paz, do Perdão e da Libertação estejam com todos nós!
Que assim seja!
Namastê!